Ementa

INDICA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL ENVIO DE PROJETO DE LEI NOMEANDO O POSTO DE SAÚDE DE FEIJÃO BRAVO DE POSTO DE SAÚDE FRANCISCO FRANKLIM DE SOUZA.

Justificativa

No dia 21 de novembro de 1923, no Município de Santana, nascia Francisco Franklim de Souza, filho de Francisco Franklim de Souza e Francisca Maria de Souza, sendo, ele, o segundo filho de seis do casal mencionado acima. Como muitas crianças de outrora, nosso referido também não teve acesso à escola e simplesmente assinava seu nome. Senhor Chico Franco, como ficaria conhecido anos mais tarde, casou-se com Francisca Maria do Nascimento e conviveu por um tempo em Tanquinho, comunidade que pertencia a Santana e atualmente se chama Conceição. Com uma família pra criar, nosso saudoso Francisco Franklim foi à luta e passou a trabalhar para José Olavo, um homem rico e influente dali. O tempo foi passando, os filhos foram chegando e aquele homem que antes não tinha nada passava aos poucos a ter bens. Mas o que ele não imaginava era que o Senhor que tanto o ajudou lhe dispensaria, pois já possuía fortuna suficiente para ser dono de seu próprio negócio. A partir dali a história de Chico Franco teria uma grande modificação, a começar pela mudança de cidade. Por volta de 1963, juntamente com sua esposa, nove filhos homens e duas filhas mulheres, Francisco Franklim chegou à localidade de Feijão Bravo, comunidade na época contando apenas com cinco residências, entre elas, a do sogro do homem aqui relatado, João Coelho. Junto ao seu concunhado, Chico Franco comprou dois lotes de terras, posteriormente vindo a comprar a parte de seu concunhado, o Senhor Aprígio. Vale ressaltar que nosso saudoso, aqui referido, trouxe consigo algumas cabeças de gado, ovelhas, porcos e burros de carga. Entre 1963 e 1964, foi construída sua residência, intacta até os dias de hoje. Entre 1963 e 1964, foi construída sua residência, que permanece intacta até os dias de hoje. A esposa de Francisco Franklim engravidou mais duas vezes, mas infelizmente as duas filhas faleceram. Com tudo isso, a ascensão do homem relatado aqui não parava e ele construiu a segunda casa de farinha da comunidade, pois seu sogro possuiu a primeira. Passou a comprar mais terras, e juntamente com seus filhos passou plantar algodão, mamona, mandioca, cajueiros, carnaubal, arroz, feijão e milho. Vale frisar que Chico Franco foi um importante contribuinte para o desenvolvimento da renda das poucas famílias que residiam aqui, pois ele dava trabalho para muitos homens e até mesmo permitia que alguns morassem em suas terras. Com esse investimento na agricultura, os bens dele aumentaram e o homem aqui relatado tornou-se um dos fazendeiros mais influentes da região. A chagada da energia em Feijão Bravo teve certa resistência por parte do povo, pois por ser algo jamais antes visto, a população tinha medo. Mas Chico Franco tinha uma visão e um pensamento bem elevados. Era como se ele acreditasse que aquilo seria positivo. Então, juntamente com os senhores Regino Rosa e Procópio Gonçalves foram várias vezes até o município de Granja participar de reuniões cujo interesse era a luz elétrica desta comunidade. O projeto de implantação de energia deu certo. Porém, os fios de energia foram interligados por meio de troncos de pau. Mas mesmo assim, não deixou de causar espanto e alegria nos que aqui viviam. Anos mais tarde, foi implantada perto da residência do Senhor Francisco Franklim o primeiro poste transformador de energia da história desta comunidade. A influência de Chico Franco corria à solta pela região e até mesmo por Marco (Sede), onde era freguês de Lalau Osterno e amigo de Francisco Neves Osterno (Toba) e Ângelo Jovino. Era uma troca de parceria e comercialização que favorecia todos os lados. Vale ressaltar que a família Osterno tinha grande poder político. Com isso, a amizade direta com um dos homens mais conhecidos do interior da Cidade era vista com bons olhos e, por isso, tinham um grande carinho por Franklim. Por volta do ano de 2000, aos 77 anos, Francisco Franklim perdeu sua esposa. Seis meses depois, se casou com Maria de Jesus da Silva, vindo a ter três filhos: duas meninas e um menino. Vale lembrar que Chico Franco, mesmo em idade avançada, ainda trabalhava e, embora fizesse pouco esforço, por conta de sua saúde debilitada, o espírito de trabalhador ainda residia em si. Como todo idoso em sua velhice, nosso saudoso Francisco Franklim teve algumas doenças. Algumas, ele venceu. Mas, infelizmente, Deus precisou dele e sua brilhante missão de conquistas e vitórias chegou ao fim. Vítima de uma insuficiência cardíaca congestiva, veio a falecer, no dia 11 de julho de 2016, em sua casa e ao lado de sua família. Foi uma grande perda para a comunidade. Afinal, ele foi um grande precursor de seu desenvolvimento. A vida de Francisco Franklim de Souza se resume à de um homem simples do campo que, com muito esforço, arregaçou as mangas e foi à luta, conseguindo fazer, em uma época remota, da agricultura, seu alicerce, e das amizades, sua moradia, o que deixou como legado pessoal. O homem aqui relatado viveu inteiramente da agricultura e, sem vaidades, procurou para si e os que estavam à sua volta o melhor.
A indicação ora proposta visa homenagear o cidadão Francisco Franklim de Souza, cidadão por muitos anos residente em Marco e doador do terreno onde foi construído o referido posto de saúde, tratando-se de ação relevante para a população daquela comunidade.